Os Graus do C:.I:.H:. e o Tarot

É com grande prazer que publicamos aqui a reestruturação dos Graus do CIH e sua justificativa. A partir dela, os estudantes e Companheiros de Jornada poderão deduzir seu método de estudo e aplicabilidade.

Esse Manifesto é fruto dos anos de prática e esforço do Supremo Conselho do CIH em proporcionar um sistema moderno que se adeque ao estudante dos tempos de internet e excessos de informação.

Um sistema enxuto, mas  profundo o suficiente para que o estudante permaneça na jornada seguro que seu objetivo será alcançado e sua integridade resguardada.

Novos ventos exigem mudança, e os deuses negros deverão ter sua derrocada no momento adequado. Muito há para ser feito, nesse momento onde os Pilares foram abalados para o surgimento da nova Ordem.

A mentira e a mistificação perderão seu sentido. O Sagrado se impõe sobre o Profano. Que a Vaca Sagrada derrame sobre nós de suas tetas o leite sagrado e vivificante. O dedo do Hórus criança se abaixa finalmente rompendo o silêncio imposto pela ignorância de tempos passados.

Em L.L.L.L.,
Fr. Goya

Os Graus do C:.I:.H:. e o Tarot

Por:     Frater Goya (Anderson Rosa),

Fr. Amduscias (Marcel Luis Pabst) e

Fr. Newad (Sérgio Fernando Ferreira de Lima)

 

Elaboramos este breve Manifesto no intuito que este possa servir de guia para o estudante do Círculo Iniciático de Hermes – C:.I:.H:., de forma que o estudante tenha uma visão geral da estrutura e dos Graus da Ordem.

 

Este Ensaio deve ser lido e estudado em conjunto com os seguintes materiais:

  • Codex 13 – O Mapa da Consciência;
  • Codex 07 – O Que Acontece após a Morte;
  • Codex 06 – Como se estuda Magia em todas as suas várias partes.

 

Além disso, indicamos como leitura complementar:

  • O Livro de Thoth, de Aleister Crowley;
  • Tarot o Templo Vivente, de Frater Goya;
  • O Tarô Cabalístico, de Robert Wang;
  • Meditações sobre os 22 Arcanos Maiores do Tarot, Autor Anônimo;
  • Guia Practico Al Simbolismo Qabalistico, de Gareth Knight;
  • 777, de Aleister Crowley;
  • Sefer Yetzirá, de Arieh Kaplan.

 

 

Descrição:

 

A Magia ocidental se repousa basicamente sobre 5 pilares básicos a saber:

  • ·        A Astrologia
  • ·        A Qabalah
  • ·        A Alquimia
  • ·        O Hermetismo
  • ·        O Tarot

 

Posteriormente, advindos principalmente da Teosofia de Helena Pretovna Blavatsky e da Hermetic Order of The Golden Dawn, a esses pilares foram acrescentados:

  • ·        A Yoga
  • ·        Os Tattwas
  • ·        O Sistema de Magia Enochiano

 

Uma vez que O Círculo Iniciático de Hermes constituiu sua própria linhagem e seus próprios rituais, o sistema de graus foi adequado para acomodar melhor os conceitos atuais da magia em seu ciclo atual de evolução da seguinte forma:

 

O método de Graus posicionados na Árvore da Vida Qabalística, baseado em 10 graus, foi redistribuído em 4 graus, mantendo correspondência com os 4 mundos de manifestação da Qabalah, e nos 4 níveis do Antigo Sistema de Magia Egípcio conforme a descrição dada a seguir, indo do mais denso ao mais sutil:

1.      Os Jardins e a Alameda das Esfinges, correspondendo ao Grau de Neófito;

2.      A Sala dos Pilonos, correspondendo ao Grau de Artifex;

3.      O Santuário, correspondendo ao Grau de Philosophus;

4.      O Sancta Sanctorum, correspondendo ao Adeptus Iluminati.

  Essa correspondência satisfaz as atuais exigências do estudo mágicko, pois cada pessoa possui um ritmo e um conjunto de aprendizado que permite uma certa liberdade. Enquanto sistema de Graus baseado em 10 níveis, o método antigo pecava essencialmente ao separar a partir de Malkuth os elementos na seguinte ordem:

  • ·       Malkuth – Terra;
  • ·       Zelator 1=10 – Terra;
  • ·       Theoricus 2=9 – Ar;
  • ·       Practicus 3=8 – Água;
  • ·       Philosophus 4=7 – Fogo.

 

Se considerarmos a Árvore da Vida como metodologia, aprendemos em outro lugar que na verdade os elementos contêm em si toda a árvore, e não apenas algumas sephiroth. Além disso, cada estudante possui uma relação particular com cada elemento. Dessa forma, os estudantes que por acaso tenham maior afinidade com qualquer elemento que não seja a Terra deverão ficar extremamente aborrecidos, quiçá desmotivados ao terem que aguardar a chegada do elemento ao qual são familiares. Ainda devemos observar que grande parte das desistências no estudo do ocultismo se dá por um motivo bastante simples, uma vez compreendida a explanação acima, já que a dificuldade de superar um elemento oposto ou que não nos é familiar é muito maior que superarmos o elemento que nos é natural.

Logo, o novo sistema propõe que o estudante primeiramente aborde os elementos por igual, e uma vez encontrada sua afinidade elementar, ele possa galgar rapidamente os outros, uma vez que o domínio de um elemento favorece o aprendizado seguinte, diminuindo a curva de aprendizado. No sistema antigo e engessado, isso era quase impossível de ser realizado. Compreendendo que cada elemento possui um sub-elemento, a superação de um prediz a superação dos outros três restantes.

Por aí podemos então deduzir que a nova separação não se faz mais em níveis, mas que cada elemento compreende, portanto uma Árvore da Vida completa na sua execução. Ou seja, os graus agora se separam em quatro planos da Árvore (Yod-Paus, Heh – Copas, Vav – Espadas e Heh – Pantáculos), e ainda se dividem internamente em quatro mundos (Atziluth, Briah, Yetzirah, Assiah) gerando uma estrutura 4×4 (4 verticais x 4 horizontais). Cada Sephira é representada por um Arcano Menor em cada um de seus níveis elementares.

Entre cada Sephira temos os caminhos, ou vias, pelas quais flui a Luz Divina que vem do Altíssimo. Esses caminhos são representados pelos Arcanos Maiores, que ditam assim a melhor forma para se chegar a um determinado conhecimento e dominá-lo.

 

Neófito – Aprendizado do sistema de magia ocidental clássico no modelo Golden Dawn, uma vez que este é bem conhecido e eficaz;

Artifex – Interação, compreensão e domínio do sistema qabalístico hermético e hebraico através do cruzamento 777 e Sefer Yetzirá;

Philosophus – Domínio de um sistema mágico ou especialização;

            Os tipos de especialização serão:

            Enochiano;

            Abramelin;

            Kaos;

            Thelema;

            Rituais com o Tarot;

            Qabalah;

            Magia Clássica (Teurgia);

            Alquimia;

Adeptus Iluminatti
Conhecimento da Alquimia Sexual. (Opcional)
O Adepto deve desenvolver/descrever o seu próprio Tarot como síntese da sua Jornada Mágica (Obrigatório)
 

Nossa estrutura será, portanto, constituída a partir do Tarot. Porque o Tarot e não outro sistema?

Isso é facilmente explicado, uma vez que o Tarot traz em si elementos de cada uma das grandes ciências chamadas “Mágicas”. Logo, a partir de uma compreensão aprofundada do Tarot, não apenas como ferramenta de jogo, mas como um verdadeiro grimório ou representante do Líber Mundi, dará ao estudante os subsídios necessários à sua evolução.

 

Aí surge uma pergunta clássica de todos os estudantes:

 

Como estudar o montante do material?

Para um melhor aproveitamento, sugerimos a seguinte metodologia:

O material teórico deverá ser estudado sempre que possível, não apenas lido. Isso permitirá que o estudante sempre mantenha o conteúdo fresco na sua mente, até que tenha esgotado todas as dúvidas.

As práticas de cada grau. Cada grau possui um conjunto de práticas particulares, que dizem respeito à vida mágicka do estudante. O espaço que o estudante deve ter em cada prática é como o ressoar de um sino. O som nunca deverá morrer.

Por exemplo: Rituais de proteção e invocação elementar como o Ritual do Pentagrama e de invocação das energias planetárias como o Ritual do Hexagrama, devem ser feitos inicialmente todos os dias, e a partir de 9 meses, podem ser feitos em intervalos maiores.

Rituais como o Pilar do Meio, o Ritual da Rosa Cruz e a Palavra Chave do C:.I:.H:. deverão ser feitos tão freqüentemente quanto possível, uma vez que buscam equilibrar as energias do estudante. No caso da Palavra Chave, esta é usada em rituais diários, logo, sua freqüência poderá seguir a mesma intensidade desses rituais. Além disso, quando não houver possibilidade de realizar outro ritual qualquer, praticar a Palavra Chave para atrair a si a Egrégora de nossa Ordem.

A prática da Meditação deverá ser diária, não devendo jamais ser deixada de lado, uma vez que a mesma é vital no desenvolvimento mágico em toda a jornada. Sugerimos um período inicial de 5 minutos pelo menos e depois ir aumentando gradativamente, até onde seja confortável ao estudante. Depois de 40 dias, o estudante deverá ser capaz de meditar um mínimo de 10 minutos diários e após esse período jamais deverá meditar menos de 10 minutos, para manter um ritmo.

Os demais rituais deverão ser realizados na medida em que o estudante sinta necessidade de os praticar, devendo se ter como regra que o estudante deve realizar no mínimo 1 ritual específico dos 7 tipos propostos para o estudo, num período de 3 meses. Ou seja: num ano pelo menos 4 rituais individuais serão realizados.

As Armas Mágicas. Todo estudante deverá prezar por possuir seu próprio equipamento da melhor forma possível, e zelar por sua manutenção e uso. A partir do momento em que compreender o mínimo necessário do simbolismo das mesmas deverá confeccioná-las e consagrá-las conforme indicado em nosso material.

 

Dessa forma, podemos descrever de forma simples o caminhar durante os graus da seguinte forma:

Os Graus nada mais são que camadas de uma mesma coisa, ou seja, ao completar cada grau, o estudante retorna à posição original, mas numa camada mais interna.

O Neófito tem mais práticas e pouca teoria, onde esta última será apenas a base sobre a qual se apóia a prática;

O Artifex fará uma análise intelectual do universo que o cerca, criando seu próprio padrão de análise, baseado num padrão já existente;

O Philosophus terá um domínio maior de si mesmo e de suas paixões, buscando a unidade com a divindade;

O Adeptus Iluminatti terá um domínio da essência espiritual.

 

Assim sendo, o estudante fará uma viagem quádrupla pelo universo e também pela Árvore da Vida, onde em cada Grau terá uma visão completa do todo sob determinado aspecto. Os Arcanos Maiores então representarão as vias de acesso a cada grau, dando um caminho seguro para ser atingida uma nova situação. Serão meios a serem usados.

 

Creio que dessa forma, descrevemos ao estudante e ao leigo como funciona nosso sistema e o justificamos. Portanto, que se escreva e que se cumpra em todas as suas implicações esse Manifesto.

 

Em L.L.L.L.,

Fr. Goya

Anno IVxii Sol 12° Libra, Luna 26° Gemini Dies Lunæ

Segunda-feira, 4 de outubro de 2004 e.v. 20:46

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