Por Frater Goya
Historicamente, durante o período da Renascença (entre os séc. XIV e XVI), havia uma crença generalizada de que os Pelicanos, em períodos de falta de alimentos – como um inverno rigoroso – por exemplo, alimentavam seus filhotes com o próprio sangue. Era uma crença tão popular que é possível encontrar diversos registros desse simbolismo nas artes, tais como pinturas e esculturas.
Esta representação ganhou seu próprio nome, sendo designada como a “piedade pelicana”, e no sistema de crenças religiosas medieval tornou-se uma alegoria de Cristo e um símbolo de caridade.
Mas é provável que esta crença tenha tido origem num comportamento que também é comum aos flamingos.
Os flamingos alimentam seus filhotes por regurgitação, e ela possui cor vermelha e é muito fácil confundi-la com sangue; se assim for, talvez ao passar a palavra de pessoa para pessoa os flamingos tenham se tornado pelicanos. Mas convém citar que dependendo da alimentação, a regurgitação do pelicano, poderia apresentar a mesma cor.