Um Mergulho no Mar Interior – O Salto

É muito interessante observarmos as mudanças que a prática da Magia pode acarretar em um estudante (magista). Porém, antes de mais nada, vou explicar brevemente o que eu entendo como sendo Magia.

Para os que desconhecem a verdadeira natureza da Arte, mais uma vez postulamos aqui o seu significado: “Magia é a Arte de provocar mudanças de acordo com a Vontade”. Ou seja, a Magia pode inclusive ser encarada como uma extensão do livre-arbítrio.

É muito interessante observarmos as mudanças que a prática da Magia pode acarretar em um estudante (magista). Porém, antes de mais nada, vou explicar brevemente o que eu entendo como sendo Magia.

Para os que desconhecem a verdadeira natureza da Arte, mais uma vez postulamos aqui o seu significado: “Magia é a Arte de provocar mudanças de acordo com a Vontade”. Ou seja, a Magia pode inclusive ser encarada como uma extensão do livre-arbítrio.

Para os céticos, poderia descrever a Magia como uma poderosa ferramenta de auto-domínio. As alegorias empregadas agradam não à mente consciente, mas sim ao inconsciente – que passa a “ruminar” o objetivo e, de forma quase que miraculosa, trata de torná-lo realidade. Esta é uma idéia bastante plausível até do ponto de vista já comprovado da PNL… mas, ainda não é tudo. Existe uma contraparte espiritual que jamais deve ser esquecida. É o Fogo Interior, a centelha divina que faz tudo acontecer. A Magia sem envolvimento espiritual é como um homem sem alma.

Para os fervorosos, aviso que Magia não se resume apenas a um panteão de criaturas espirituais que agem sobre nós humanos. Afirmar isso seria o mesmo que nos colocarmos na situação de meros bonecos; de peões controlados por forças ocultas. Logo, Magia deve ser também mental, ou melhor: um trabalho perfeito de corpo, mente e espírito.

Cada magista tem uma visão pessoal que oscila dentro destes extremos. O único consenso abrangente é que o verdadeiro magista sabe o que está fazendo aqui, e busca fazer da forma mais correta possível – é o que chamamos de Reto Caminhar.

Aquele que se lança em busca da sua Verdade, da sua Vontade, pode ser comparado a alguém que se atira de um penhasco, em direção ao mar*. Esse buscador deixou para trás uma visão de mundo pré-definida, para procurar por respostas dentro de si mesmo.

Quando estamos no mar, num lugar diferente do que estamos acostumados, devemos gastar algum tempo a fim de conhecer as Leis que lá vigoram. Pessoalmente, comparo este período com o tempo que o magista leva para equilibrar-se em Malkuth.

Na verdade, as Leis já nos eram familiares. As regras são as mesmas que regem o mundo lá fora – onde sempre fizemos questão de fechar os olhos… por causa da nossa criação, por causa do que nos foi imposto – sejá lá qual for o motivo, agora nos sentimos deslumbrados e enganados ao mesmo tempo.

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* É muito comum termos a idéia de mar atrelada ao subconsciente. Quando num sonho, por exemplo, vemos a água límpida e translúcida, é sinal de que estamos em conformidade com nosso Reto Caminhar, em direção à nossa Vontade.

Quando a água está turva, não estamos conseguindo nos adequar aos anseios da nossa Verdade Interior. É como a história do cobrador de impostos Saulo que, por conta de escamas em seus olhos, perde a visão até que aceita seu destino, e muda seu nome (ou motto?) para Paulo – passando a ser um dos maiores pregadores cristãos.

Água turbulenta é sinônimo de conflitos interiores. Quando nos deparamos com situações estranhas e muitas vezes até desprezíveis para nossos padrões, tendemos a não aceitar muito facilmente. Por mais que saibamos que determinada ação deva ser tomada, relutamos. Este tipo de conflito pode ser ilustrado pela diferença entre vontade e Verdadeira Vontade.

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