A cura do corpo e da alma – parte 7

As cores dos olhos – parte 2

Segundo a análise feita pela Cabalá da visão de Yechezkel (Ezekiel) dos ossos secos, os quatro componentes constituintes do corpo humano – ossos, vasos sangüíneos, carne e pele – correspondem às quatro letras do Nome Havaya. O quinto, nível espiritual que dá vida ao corpo, o espírito (“De todas as direções, vem, ó espírito, e sopra nestes corpos, para que vivam”), corresponde ao quinto nível transcendente do nome Havaya, a ponta superior do yud.

As cores dos olhos – parte 2

Segundo a análise feita pela Cabalá da visão de Yechezkel (Ezekiel) dos ossos secos, os quatro componentes constituintes do corpo humano – ossos, vasos sangüíneos, carne e pele – correspondem às quatro letras do Nome Havaya. O quinto, nível espiritual que dá vida ao corpo, o espírito (“De todas as direções, vem, ó espírito, e sopra nestes corpos, para que vivam”), corresponde ao quinto nível transcendente do nome Havaya, a ponta superior do yud.

Da mesma forma, a respeito do olho – todo o corpo físico e espírito de vida está encerrado no olho – suas quatro cores correspondem às quatro letras do nome Havaya, como também os quatro componentes constituintes do corpo humano: do branco do olho aos ossos e o yud; o vermelho aos vasos sangüíneos e ao primeiro hê; a cor da íris à carne e o vav; e a pupila negra à pele e ao segundo hê. O poder de visão dos olhos corresponde ao espírito que dá a vida do corpo e ao quinto nível transcendente do Nome Havaya, a ponta superior do yud. Aqui, a ponta superior do yud aparece no ponto interior do segundo hê, no segredo de “o fim é introduzido no início, e o início no final.”

Nossos sábios estabeleceram a correspondência do espírito da vida à visão do olho, assim como aquela do pai (chochmá) à cor branca e a mãe (biná) à cor vermelha na seguinte descrição da formação do homem:

Há três parceiros na [formação do] homem: o Santíssimo, bendito seja, o pai e a mãe. O pai contribui com a brancura, que se transforma nos ossos, tendões, unhas, cérebro e o branco do olho. A mãe contribui com o vermelho, que se torna o sangue, a pele, a carne, o cabelo e o negro do olho. E o Santíssimo, bendito seja, contribui com o espírito [da vida], a alma, o formato da face, a visão dos olhos, a audição dos ouvidos, a fala da boca, o movimento das mãos, o caminhar das pernas, o entendimento e o intelecto.

Resumindo (a respeito do olho):

Nome de D’us Sefirá Aspecto do olho Arquétipo
ponta superior do yud keter poder da visão Divindade
yud chochmá branco Avraham
biná vermelho (vasos sangüíneos) Yitschac
vav da’at e midot cor da íris Yaacov
malchut pupila negra David

 

No Zôhar, o segredo do olho, o segredo da visão, é visto como relacionado ao santo dia do Shabat. Em hebraico, a palavra para Shabat é composta de três letras: shin, bet e tav.

A letra shin é formada de três linhas (três vavs, cada um com cabeça, um yud, no topo) elevando-se de uma base comum. Estas três linhas aludem aos três Patriarcas, do povo judeu, Avraham, Yitschac e Yaacov, e portanto a letra shin é chamada de “a letra dos Patriarcas.”

As duas letras restantes da palabra Shabat, o bet e o tav, formam a palavra bat, “filha.” O shin de Shabat, assim, alude às três cores do olho ao redor da pupila, ao passo que o bet e tav de Shabat aludem à própria pupila.

No Shabat, o dia que alude à revelação do Mundo Vindouro, o olho retificado do homem – que reflete todos os três Patriarcas juntamente com o Rei David – merece visualizar a luz Divina do Shabat, referida na palavra Shabat (que no Zôhar é tirada para ser um Nome de D’us), a qual, quando vista como um todo, manifesta a luz que transcende infinitamente aquela das letras que a compõem.

Para resumir:

Shabat Arquétipo Olho Sefirá
Shabat Divindade poder de visão keter
shin Avraham branco chochmá
Yitschac vermelho biná
Yaacov cor da íris da’at e midot
bet David preto malchut
tav

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