Arquitetura da Mente – A Percepção da Realidade 1

Arquitetura da Mente – A Percepção da Realidade

Autor/Fonte: Rav Jaim D. Zukerwar (http://www.halel.org)

Tradução: Frater Goya (Anderson Rosa)

                          

Uma nova e original forma de perceber a realidade         

« Abraham Avinu descobre que a aparente multiplicidade de seres e aspectos que formam a realidade, tanto de ordem material-sensorial como espiritual, são diversos graus de uma mesma e única Realidade Infinita »

Fazem aproximadamente 4000 anos que Abraham Avinu[1] iniciou uma nova e original forma de perceber a realidade baseada no altruísmo, tal como foi exposto no item 1 seção d[2]).

Abraham Avinu compreendeu a dificuldade e as debilidades do homem em seu caminho espiritual; sendo ainda criança destruiu as estátuas de Téraj, seu pai, que se encontrava submerso na idolatria reinante.

A representação de imagens fixa a realidade num momento histórico, a uma estética, a uma determinada cosmovisão.

O impedimento de dar forma material à realidade espiritual nos exige que nos sobreponhamos às nossas limitações mentais e emocionais.

A imagem parcializa e proclama a independência do particular e passageiro em lugar de elevar e integrar o individual o eterno.

Abraham Avinu descobre que a aparente multiplicidade de seres e aspectos que formam a realidade, tanto de ordem material-sensorial como espiritual, são diversos graus de uma mesma e única Realidade Infinita, denominada na linguagem interior da Tora: Ein-Sof. Dita Realidade é gerada pela Essência Criadora, a qual é chamada na mencionada linguagem espiritual: Kadósh Barúj Hú, HaShém, Atzmút, etc.



[1] A história humana pode-se dividir em antes e depois de Abraham, sendo que Abraham é o primeiro que enfrenta ao homem ante seu maior desafio: alcançar sua completitude, sua forma superior, o altruísmo.  Praticamente todas as formas espirituais que surgirão ao longo da história provém de Abraham, como se indica no livro de Bereshít-Génesis 17:4-5 «serás pai de numerosos povos».

[2] Quando discernimos com base em Princípios Universais e Objetivos, prevendo assim, realmente, a conseqüência de nossos atos: altruísmo.

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