Notas sobre o Ritual do Pentagrama

por Aleister Crowley, para Karl Germer em uma carta datada de 11 de dezembro de 1946.
Tradução: Frater Goya


Você deveria estar na interseção dos caminhos de Samekh e Peh. Você está de frente para Tiphareth (o Sol), portanto à sua mão direita está Netzach (Vênus) à sua mão esquerda Hod (Mercúrio), e atrás de você Yesod (a Lua).

Você dá um passo avançando com o calcanhar direito adiante do pé esquerdo em direção a Tiphareth e vibra o Nome Divino como dado no ritual. Você então aponta a extremidade da varinha em direção a Netzach, e dá um passo adiante (sempre retornando para trás após cada passo para frente para que você permaneça no centro) e vibrando o Nome Divino como feito antes.

Continue o processo de avançar a Yesod e vibrando; então Hod, e vibrando; mas e aponte a extremidade do Bastão para Tiphareth para completar o círculo.

À medida que você vibra o Nome Divino, os anjos, conforme dados no ritual, aparecem (observe que eles devem aparecer e, se o ritual for realizado corretamente, aparecem).

Você está assim de pé em uma Coluna que é protegida por sua invocação microcósmica. O resultado consequente, sendo uma resposta macrocósmica, é que, sem nenhum esforço de sua parte, o hexagrama ou estrela sêxtupla aparece acima e abaixo de você. (Observe o equilíbrio de 5=6). Desta forma, você está completamente desligado das partes externas e qlifóticas do universo.

Tenha vívido em sua mente a realização desta Coluna com seus pentagramas ao redor e seus hexagramas acima e abaixo de você. A prática contínua é essencial para realizar este ritual como devido. É particularmente importante não desmerecer nenhuma parte dele; visualizar de forma clara e limpa as forças invocadas, com exceção do Ser Divino, que não aparecerá, no curso normal dos acontecimentos, por motivo tão insignificante.

Você pode descobrir por si mesmo as formas dos anjos, ou melhor, dos arcanjos. Por exemplo, Rafael, começando com um “R” terá uma cabeça de glória solar e o Peh que segue mostra que o resto dele é marcial: o “AL” que conclui o nome (no caso da maioria dos seres angélicos) indica que empunham a espada e a balança.

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