A cura do corpo e da alma – parte 19

Quatro Sistemas de Prática Médica

Segue-se um breve esboço dos quatro sistemas básicos de prática médica contemporânea, vistos aqui como as quatro letras do Nome de D’us.

Quatro Sistemas de Prática Médica

Segue-se um breve esboço dos quatro sistemas básicos de prática médica contemporânea, vistos aqui como as quatro letras do Nome de D’us.

1 – Yud: Homeopatia. O princípio subjacente deste sistema é conhecido como a “lei de similares,” onde a pessoa paradoxalmente usa ou a própria doença ou algo similar à doença como cura. Este princípio, há muito conhecido da humanidade, encontra sua expressão explícita no idioma dos sábios como curar por meio de “igual por igual.” Além disso, nossos Sábios ensinam que este é o método empregado pelo próprio D’us, que cura (“suaviza”) “amargura com amargura.” “Igual por igual” implica que a cura está dentro da própria doença; a doença é meramente uma “casca” estranha de mal, ocultando dentro de si uma partícula do bem.

Este discernimento Divinamente inspirado na natureza da realidade em geral e particularmente na relação com a condição humana corresponde à sabedoria incorporada no ponto do yud do Nome de D’us.

2 – Hê: Alopatia (Medicina Convencional). Este sistema baseia-se na lógica e razão que dita que a maneira de lutar contra a doença é usando uma força oposta que confronta a moléstia cara a cara. A inteligência humana então age empregando métodos científicos para extrair da natureza produtos químicos cujas propriedades deverão agir contra os sintomas de uma determinada moléstia. O estado doentio inicial do paciente é considerado como “dado,” que deve ser oposto com produtos feitos pelo homem que possuem uma natureza oposta àquela da doença. A hipótese de que um determinado estado inicial é “incorreto” (i.e., “doente”) e que deve ser corrigido por uma linha de raciocínio oposta conforme expresso pela frase talmúdica: “o próprio oposto faz mais sentido!” A prática médica convencional está baseada no padrão geral de lógica e raciocínio inato à mente humana (em contraste com o discernimento Divinamente inspirado) que na Cabalá corresponde ao primeiro hê do Nome de D’us.

3 – Vav: Osteopatia (quiroprática). Segundo este sistema, o corpo é retificado sem qualquer intervenção médica, mas somente pelas mãos do médico realinhando o corpo a seu estado adequado. Incluindo tratamentos como acupuntura e acupressão, a osteopatia trata os músculos (o sistema fisiológico que corresponde a tiferet) e ainda mais profundo, penetra no sistema nervoso (o sistema que corresponde a da’at), tratando a medula espinhal. Tiferet – o torso, que corresponde ao vav do Nome de D’us – significa “beleza,” nas palavras do Zôhar a “beleza [tiferet] é o corpo.” Um corpo “a prumo” ou “ereto” (o trabalho do quiroprático) é belo. Refere-se a da’at na Cabalá como a alma de tiferet, indicando que o sistema nervoso (da’at) está no âmago do sistema muscular (tiferet). No formato da letra vav, o yud em cima do vav alude a da’at (o sistema nervoso) ao passo que a extensão direta e ereta do próprio vav representa tiferet (o torso e o sistema muscular).

4 – Hê: Naturopatia. Este sistema de cura por meio de ervas e outras fontes extraídas diretamente da natureza reflete a crença de que D’us, o Criador, com toda a certeza forneceu uma cura, em Sua criação da própria natureza, antes que fizesse a doença possível. Assim, deve haver algo em nosso mundo que possa servir como uma cura natural, algo que não requer manipulação humana para alterar seu estado. Este sentido, que reflete uma profunda apreciação do grande potencial latente na terra, recebe uma alusão no versículo em Tehilim que declara: “A verdade brotará da terra.” “Verdade,” na Cabalá, é o supremo poder de cura, implicando até mesmo a ressurreição dos mortos. Além disso, a eficácia do método de cura natural em um ser humano é sugerido por um outro versículo encontrado em Devarim que: “o ser humano é uma árvore do campo,” implicando nossa conexão essencial com a natureza e o poder da natureza de curar nossas enfermidades.

Além dos remédios à base de ervas, a naturopatia reconhece e enfatiza a importância da dieta e nutrição adequadas, exercícios físicos e estilos de vida saudáveis em geral. O hê final do Nome de D’us refere-se ao nível de Divindade inerente à própria natureza, o poder curativo contido em cada ser criado (tanto para curar a si próprio quanto aos outros também).

Homeopatia

a lei dos similares

chochmá – sabedoria yud
Alopatia

combater a doença “cara a cara”

biná – entendimento
Osteopatia

endireitando o corpo

midot – atributos de caráter vav
Naturopatia

extraindo os recursos da natureza

malchut – reino

Link permanente para este artigo: https://cih.org.br/?p=251