Cinco Níveis de Prece
Em nosso capítulo anterior, referimo-nos aos cinco níveis ascendentes de “prece.” Entretanto, apenas os dois primeiros níveis (que correspondem aos dois níveis revelados do Nome Havaya) são de fato prece explícita a D’us no sentido comum. Num sentido mais amplo, porém, qualquer estado espiritual que desperte a Divina misericórdia para curar os doentes (ou preencher qualquer outra carência humana) é considerado como uma forma de prece.
Cinco Níveis de Prece
Em nosso capítulo anterior, referimo-nos aos cinco níveis ascendentes de “prece.” Entretanto, apenas os dois primeiros níveis (que correspondem aos dois níveis revelados do Nome Havaya) são de fato prece explícita a D’us no sentido comum. Num sentido mais amplo, porém, qualquer estado espiritual que desperte a Divina misericórdia para curar os doentes (ou preencher qualquer outra carência humana) é considerado como uma forma de prece.
Especificamente, enquanto que os primeiros dois níveis são prece explícita a D’us, o terceiro é pensamento, o quarto é bênção, e o quinto, silêncio. Na Chassidut, aprendemos que a diferença geral entre prece (os primeiros dois níveis) e bênção (o quarto nível) é que a prece é um serviço “ascendente”, ao passo que a bênção é uma serviço “descendente”.
Ao se colocar em prece perante D’us, a pessoa sente-se situada “abaixo” – esforçando-se para elevar-se ao céu. No primeiro nível – a prece da própria pessoa doente – seus olhos e coração elevam-se a D’us, implorando Sua salvação. No segundo nível – a prece do sábio pela pessoa enferma – a prece ascende a D’us enquanto, simultaneamente, o sábio, situado “acima” da pessoa doente, pretende atrair de cima para baixo o poder curativo. Assim, relativamente ao primeiro nível – somente a subida – o segundo nível é “subida pelo bem da descida.” (No primeiro nível, a pessoa reza a D’us para que Ele efetue a descida; o doente, por si só, consegue apenas implorar humildemente, não “puxar os cordões.” No segundo nível, o sábio junta-se a D’us e, sua prece sincera a Ele, para atrair o poder curativo.)
O ato espiritual da bênção, em contraste à prece, obedece a uma dinâmica de “descida” do alto. Aqui, fica-se “em pé,” por assim dizer, perante a origem espiritual de a partir da qual a bênção Divina deriva. Aquele que dá a bênção “ordena,” de certo modo, que a bênção desça do alto para a alma que ele abençoa. Ao abençoar as pessoas, os sacerdotes na verdade colocam-se acima delas, sobre a plataforma.
O poder do pensamento pode agora ser entendido como sendo um estado intermediário entre a prece explícita vinda de baixo e a bênção vinda do alto. É a conexão “telepática” de almas como iguais – “todos de Israel são amigos.”
O silêncio é ainda um estado mais elevado de “igualdade.” No silêncio, a pessoa não ascende nem desce. A pessoa atingiu o nível de “Eu, D’us, não mudo.” Isso, paradoxalmente, é a suprema origem de toda bênção e poder curativo. Por essa razão, refere-se ao nome essencial de D’us, Havaya – sobre o qual se diz: “Eu. D’us [Havaya] não mudo,” como “O Nome da Misericórdia.”
Observamos ainda, ao contemplar esses cinco níveis ascendentes de prece para os enfermos, uma ordem definida de eu-outro-eu-outro-eu. Conforme vimos acima, o nível de pensamento (do tsadic) diz respeito também a si mesmo (pois, conforme foi dito acima, neste nível, todos são iguais – a pessoa relaciona-se com o outro como consigo mesma, e consigo mesma como com o outro) – “pense o bem e o bem virá.” O primeiro e o quinto níveis dizem respeito explicitamente ao próprio serviço espiritual da pessoa para provocar a Divina misericórdia. Os níveis segundo e quarto vêm do poder de uma outra alma simpatizante, “acima” de si próprio (o sábio e o sacerdote).
Resumindo:
O Nome Havaya | Sefirá | Nível de Prece | Dinâmica |
ponto do yud | keter | Divina paciência | imutável |
yud | chochmá | bênção sacerdotal | descida |
hê | biná | pensamento do tsadic | horizontal |
vav | tiferet | prece do sábio | subida pelo bem da descida |
hê | malchut | prece da pessoa doente | subida |